o cantinho da ka. a hipotenusa e seus catetos (até hoje não entendo esse também). coffee, rock & beer. coffee & flowers. agora, kaffeina. faz muito tempo que cheguei nessa internet e já tive muitas casas. afinal, como boa millennial que sou, cresci junto com ela e ajudei por muitos anos a capinar o mato por aqui. começando pelo mundo dos blogs, depois com a crise “dos blogs morrendo” quando o youtube começou a tomar conta (me arrisquei criando algumas coisinhas por lá também). até os blogs de fato começarem a morrer – porque nós os abandonamos – quando o instagram começou a tomar proporções enormes e as primeiras influencers começaram a surgir sendo chamadas de ~blogueirinhas (o que é muito irônico se considerarmos que muitas ali nunca tiveram um blog na vida, kkk *rindo de nervoso*).
a internet tomou proporções absurdas e muitas vezes me sinto sobrecarregada com tantas informações, lives, stories, vídeos no youtube, newsletters e episódios novos de podcasts que agora voltaram a ser moda também (alguém mais aí lembra do hype que eles tiveram uns 12 anos atrás?). parece que no último ano as pessoas surtaram com esse negócio de produzir conteúdo pra internet – coisa que já fazemos nos blogs pessoais há anos, digassi de passagi – e tá difícil até criar um filtro para distinguir o que é conteúdo raso feito só pra ganhar seguidor e melhorar o SEO, de conteúdo que é realmente autêntico e com valor. falar tudo isso parece papo de velha, mas é porque eu tô ficando velha mesmo, e cada dia com menos paciência. e talvez, voltar agora com um blog pessoal faça parte da minha nova crise dos 30 anos. porque junto com o meu querido de retorno de saturno f*dendo minha cabeça, também temos uma pandemia acontecendo, o que está acabando com toda pouca estabilidade financeira e emocional que me restava. god send HALP.
pois é, 2020.
cadê os carros voadores?
os filhos dos anos 90 não mereciam isso.
o fato é que: sempre que me sinto mal e sobrecarregada, pensando que não sei lidar com todo caos – que está ao meu redor, na minha cabeça, na internet, no mundo – é nos blogs pessoais que eu penso. em como todo esse processo de preparar posts (usando o computador e não o celular – minha tendinite agradece, aliás) me faz feliz. pensar em “pautas”, escrever, revisar, fotografar e editar fotos quando necessário, comentar nas postagens das amigas, ler histórias… tudo isso parece terapêutico pra mim. parece uma forma mais leve e tranquila de lidar com a internet, com menos ansiedade, com menos comentários rasos, com as pessoas olhando para o que você cria por mais do que 5 segundos (ou seja lá quantos poucos segundos cada pessoa perde olhando e curtindo uma postagem nova no feed do instagram). ter um blog por muitos anos moldou quem eu sou, meus hobbies, minhas amizades, minhas referências, os conteúdos que consumo, as coisas que crio, as pessoas que admiro, o que estudo, meu estilo e até a minha carreira. blogs pessoais sempre irão morar no meu coração. e mesmo que eu viva os abandonando – a vida acontece, né? – é reconfortante pensar que tenho um lugar seguro para retornar e criar coisas de forma mais livre, do meu jeito e no meu tempo, mesmo que seja só pra mim mesma. ou para as poucas pessoas que ainda resistem por aqui.
então é isso, tô de volta! beijos e até mais, K.
K.
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